Intercâmbio nos EUA: como embarcar nessa experiência?
A experiência de um intercâmbio nos EUA é única, mas pode acabar em muita frustração se o planejamento for mal feito e a atenção aos elevados custos da viagem for negligenciada. Confira, neste artigo, como funciona o processo desde a inscrição no programa até o cálculo dos gastos!
Para fazer um intercâmbio nos EUA, você vai precisar de conhecimento adequado da língua inglesa, do auxílio de uma instituição de ensino ou de uma empresa credenciada e de confiança e de um visto de não imigrante – que pode ser do tipo “estudante”, “intercâmbio cultural” ou “trabalho temporário”.
Um dos destinos mais populares para a modalidade, os Estados Unidos oferecem uma variedade de programas para estudantes de todas as idades e interesses ou trabalhadores que tenham recebido alguma oferta de experiência temporária.
E, inclusive, por conta da variedade de opções, talvez a parte mais difícil do processo seja justamente escolher que tipo de experiência realizar. Precisa de ajuda? Este artigo foi pensado pra você!
Intercâmbio nos EUA para trabalhar ou para estudar: como escolher?
Leve em consideração alguns fatores ao definir o tipo de programa que vai escolher: objetivo, orçamento, tempo disponível e experiência, por exemplo.
Ninguém melhor do que você mesmo(a) para saber o motivo certo para fazer um intercâmbio ou até uma simples viagem, mas sempre dá para seguir algumas dicas que ajudam a decidir com mais chances de tudo correr conforme o planejado, né?
1. Defina seu objetivo
Se você está buscando aprendizado sobre uma nova cultura e uma melhora nas suas habilidades de comunicação, um intercâmbio cultural ou estudantil deve ser a melhor opção. Se quer uma nova experiência de vida focada num convívio mais prático e desvinculado do meio acadêmico, o intercâmbio de trabalho talvez seja o mais adequado.
Agora, se quer desenvolvimento profissional... Bom, meio óbvio, não é? 😉 Em outro artigo do blog, aliás, você entende em mais detalhes como o intercâmbio pode ajudar no mercado de trabalho. Vale a leitura.
2. Estabeleça um orçamento
Os programas de trabalho no exterior podem ser mais caros do que os de estudo, já que você geralmente precisa arcar com os custos de viagem, alojamento, alimentação e transporte. Não deixe de conferir com muita atenção se o seu objetivo cabe no seu bolso: peça orçamento para diferentes agências e instituições de destino!
3. Considere o tempo que você tem disponível
Existem diferentes programas de intercâmbio para estudar, incluindo projetos de pesquisa que podem durar até 2 anos. As viagens a trabalho podem se prolongar bastante, especialmente se não houver um convite prévio para a experiência – ou se o(a) contratante gostar de você. É preciso conferir se o período também se encaixa no seu calendário.
4. Pense na sua experiência
Se você já tem experiência de trabalho, pode ser mais fácil encontrar um emprego, mesmo que temporário, durante sua viagem e, para determinados intercâmbios, vale já ter alguma experiência com a língua inglesa, afinal, existem exigências específicas em alguns programas.
Agora, se a ideia é aprimorar seu inglês, pode ser uma boa opção viajar para praticar o inglês instrumental, ótima ferramenta para quem precisa estar atento(a) a termos mais técnicos.
Que tal conversar com quem já fez a escolha anteriormente e buscar ideias?
Objetivo definido, será hora de selecionar um bom programa de intercâmbio: seguir o caminho da mochila nas costas e de colocar cara a tapa pode virar uma tremenda roubada e o ideal é garantir, pelo menos, o mínimo necessário para começar o processo. Jogue seguro!
O que é preciso para fazer intercâmbio nos EUA?
Para viver uma experiência incrível como essa, algumas coisas são pré-requisito, ainda que nem todas sejam necessariamente obrigatórias, então, antes de embarcar no seu processo de intercâmbio, tenha em mente que um cenário ideal pede:
- bom desempenho acadêmico ou profissional;
- nível de inglês bom o bastante para se comunicar no cotidiano;
- matrícula em uma universidade ou vínculo com empresa internacional;
- uma boa reserva de capital para custear todo o processo; e
- o visto adequado de não imigrante.
O visto é o único requisito obrigatório em termos legais, mas não atender qualquer um dos outros fatores pode tornar sua experiência bastante desagradável. Veja, a seguir, como garantir que seu sonho não vire uma realidade dura demais.
Como fazer intercâmbio nos EUA em 7 passos
Os programas de intercâmbio podem ter algumas variações nas exigências, mas, em geral, seguem os requisitos abaixo.
1. Alcance um nível de inglês adequado
É importante garantir que seu inglês esteja em dia e com desenvolvimento adequado para você se comunicar ou, ao menos, acompanhar as aulas ou a rotina de trabalho. Tudo, de preferência, antes mesmo de você se candidatar. Em muitos casos, testes de proficiência em inglês, como TOEFL ou IELTS, podem ser uma exigência para ingressar em muitos dos programas, por isso, esteja preparado(a)!
2. Matricule-se em uma instituição credenciada
Pesquise por agências ou instituições de ensino que possuam parcerias com entidades nos EUA. O processo de intercâmbio por uma escola ou universidade devidamente credenciada não só agiliza o processo como o torna muito mais seguro e contar com esse suporte ajuda você a entender o que fazer primeiro e o que não pode faltar antes, durante e depois do embarque.
3. Inscreva-se em um programa formal
A partir das orientações da instituição escolhida para amparar você, selecione um programa que atenda aos seus interesses. Por exemplo:
- intercâmbio estudantil para ensino médio;
- intercâmbio de graduação e pós-graduação;
- intercâmbio de idioma em escolas e universidades especializadas;
- intercâmbio de estágio e treinamento em empresas norte-americanas; e
- intercâmbio Au Pair.
Siga o processo de inscrição recomendado na alternativa da sua preferência, preenchendo formulários, enviando documentos exigidos e pagando as taxas necessárias.
4. Solicite o visto de não imigrante
Após ser aceito(a) em um programa de intercâmbio, você precisará obter um visto de não imigrante válido para entrar nos EUA e que vai mudar de acordo com o tipo de viagem selecionado. Dependendo da duração e do formato da sua opção, pode ser preciso solicitar um dos tipos de visto apresentados abaixo.
Vistos para intercâmbio nos EUA F-1: visto de estudante
J-1: visto de intercâmbio cultural
H-1B: visto de trabalho temporário
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Também é obrigatório ter passaporte válido e que não esteja para vencer nos próximos seis meses e comparecer a uma entrevista a ser agendada pelo Consulado dos EUA no Brasil . Além de pagar a cobrança do serviço.
5. Apresente comprovação financeira
Tanto para conseguir o visto quanto para fazer o intercâmbio, você vai precisar comprovar sua capacidade financeira suficiente de cobrir os custos de toda a experiência.
Prepare os documentos necessários, como extratos bancários ou uma carta de patrocínio (fornecida por instituições fiadoras, caso você tenha ganhado uma bolsa, por exemplo) e apresente-os quando for solicitado. Em outras palavras, demonstre que sua viagem não tem outras finalidades, como a imigração definitiva.
6. Faça um seguro viagem
Adquira um seguro de viagem abrangente, que seja válido nos EUA e que cubra todo o período do seu intercâmbio.
Fique atento(a): a maioria das seguradoras oferece pacotes específicos para a América do Norte, já que os custos com saúde costumam ser bem elevados por lá. Verifique os requisitos mínimos de cobertura exigidos pelo programa no qual você vai se inscrever e garanta que você esteja protegido(a) em caso de emergências médicas. A realidade nos EUA é bem diferente: não tente “economizar” nesse quesito.
7. Confira todas as exigências do programa
Por último, mas, na verdade, o tempo todo – de preferência! – confira com muito cuidado cada exigência da instituição que vai dar suporte à você e da escola ou empresa que estarão do lado de lá esperando o seu desembarque.
Cada programa pode ter requisitos específicos adicionais, que vão desde a apresentação de documentos complementares, como cartas de recomendação, até comprovante de histórico escolar ou declarações de propósito.
Não deixe nenhum detalhe bobo atrapalhar ou mesmo impedir sua viagem!
Caso tenha optado pela experiência de trabalho, você vai precisar de qualificação profissional na área que vai atuar e, ainda assim, pode ser exigida também a matrícula em uma escola ou universidade.
Ainda existe a chance de pedirem que você já tenha uma oferta de trabalho nos EUA antes de entrar no avião, além de visto e seguro específicos para exercer a atividade, especialmente se ela envolver risco de acidentes.
E, para além de maturidade nas suas escolhas, é preciso ter algumas primaveras completas para sair “intercambiando” por aí. 👀
Com quantos anos pode fazer intercâmbio nos EUA?
Não há uma idade mínima estabelecida para fazer um intercâmbio nos EUA, mas a maioria dos programas, principalmente culturais ou educacionais, é voltada para estudantes do ensino médio, geralmente com idades entre 14 e 18 anos.
O limite vai acabar existindo de acordo com o visto que será emitido pelo consulado americano e, especificamente para viagens de estudos, como a exigência costuma estar relacionada à instituição de ensino que faz parte do processo, a idade do candidato acaba obedecendo a cronologia escolar.
Quando a pessoa vai para os Estados Unidos a trabalho também acontece do mesmo jeito? Nesses casos, cada alternativa tem a sua exigência, o que vale igualmente em relação à faixa etária, o que significa que só consultando a agência intermediadora do intercâmbio para saber.
Preencheu o requisito? Então, dedique-se aos cálculos da parte mais “dolorida” da experiência!
Quanto custa um intercâmbio para os EUA?
Um intercâmbio para os EUA pode custar entre 30 mil a 80 mil reais com tudo incluído e o valor acaba variando para mais ou para menos de acordo com a região do país escolhida para a viagem, a instituição de ensino que recebe o aluno ou a empresa que recebe o trabalhador, o tipo de acomodação e o próprio programa.
Inclua no seu orçamento:
- valor da matrícula;
- passagens aéreas;
- seguro viagem válido até o retorno;
- acomodação;
- alimentação;
- transporte;
- material de estudo;
- atividades extracurriculares; e
- dinheiro para imprevistos.
Como o gasto não acontece todo de uma vez, pode ser bem fácil perder a noção de quanto você acaba pagando na viagem como um todo. Não deixe de fazer uma projeção do total esperado para toda a experiência e acrescente uma margem extra para evitar sustos.
Pense no tempo que você vai passar no exterior…
Quanto tempo dura um intercâmbio nos EUA?
Um intercâmbio nos EUA pode durar de 2 semanas a 1 ano, dependendo do programa escolhido. Algumas modalidades mais específicas, voltadas para pesquisa acadêmica e estágio, por exemplo, se prolongam por até 2 anos.
Em geral, experiências envolvendo cursos de graduação e pós-graduação tendem a ter uma duração maior e, dependendo do visto obtido pelo(a) estudante, o destino acaba virando um lar, abrigando a pessoa por um prazo máximo de 6 anos.
Saiba que o tempo de permanência nos EUA depende bastante do tipo de visto recebido! |
Em casos como o visto de trabalho H-1B, não só é possível ter dependentes acompanhando a experiência de trabalho, como é possível extrapolar os 6 anos de permanência quando o profissional exercer uma atividade de alta demanda.
Outra curiosidade: o visto H-1B pode levar ao tão sonhado Green Card sem precisar de um casório! Em algumas situações, o empregador patrocina o chamado “visto definitivo”, demonstrando que o empregado em intercâmbio é imprescindível para a empresa. Que moral, hein?
De qualquer forma, o caminho habitual é o da volta com data marcada.
Como funciona o encerramento de um intercâmbio nos EUA?
O intercâmbio terminou, então, é só fazer as malas, se enfiar num avião e voltar para casa, certo? Não é tão simples assim, pequeno(a) – e inexperiente – gafanhoto(a)! 🦗
Dependendo da duração e do arranjo do seu programa, algumas questões burocráticas, como aluguel, conta em banco e até devolução de carro podem se tornar um problema se deixadas para resolver na última hora.
- Confira e anote todos os compromissos assumidos por você na gringa e planeje o encerramento de cada um deles de acordo com a data do seu retorno.
- Comunique sua partida formalmente à instituição de ensino responsável pelo seu programa e preencha o feedback por ela solicitado, se for o caso.
- Lembre-se de que, às vezes, é preciso tempo para readaptar-se à sua própria terra natal.
E não abandone a vivência com a língua! O intercâmbio é o aprendizado no modo turbo, mas a prática deve ser permanente. Continue falando e ouvindo o idioma e agarre-se a um bom curso de inglês inclusive para matar as saudades do que você viveu (e do que ainda não viveu também).