Intercâmbio 19 de Agosto de 2022

Intercâmbio para aprender inglês do zero? É possível!

Veja como é possível viajar e fazer um intercâmbio para aprender inglês mesmo sem saber nada do idioma. Descubra como programar a sua viagem para não enfrentar problemas e dores de cabeça no destino e veja quais países permitem trabalhar e estudar ao mesmo tempo.

Você pode fazer um intercâmbio para aprender inglês sem saber nada do idioma! Aliás, muita gente opta por viajar ao exterior justamente para conhecer o básico dessa língua e acaba usufruindo praticamente de um “intensivão” de aulas e de conversação. Vale muito a pena!

É importante dizer que viagens para aprender inglês do zero devem durar pelo menos 20-24 semanas, ou seja, 6 meses. Esse será o período mínimo para um intercambista retornar ao seu país de origem compreendendo diálogos com mais facilidade e formando frases completas, importantes para a sua comunicação.

Por que viajar? Pelo simples motivo de que a imersão completa e o contato com o inglês 24 horas por dia todos os dias realmente fazem diferença no aprendizado.

No artigo a seguir, veja dicas de como programar o seu intercâmbio da melhor maneira possível.

Como planejar um intercâmbio para aprender inglês do zero?

Alguns pontos são fundamentais para você programar um intercâmbio de idiomas pensando em aprender uma língua ainda completamente desconhecida. Confira!

  1. Escolha o destino mais adequado ao seu perfil e seus objetivos de estudo e viagem.
  2. Escolha um curso voltado especificamente para iniciantes.
  3. Opte pela escola ou instituição de ensino mais adequada para você, seja no quesito da metodologia ou financeiro.
  4. Certifique-se de que os professores do curso saibam que você é de fora do país e que está começando seu aprendizado do zero. Deixe sinalizado também na matrícula o fato de você ainda não conhecer a língua inglesa.
  5. Esteja disposto(a) a se comprometer completamente com as aulas.
  6. Programe passeios, no tempo livre, que tenham algo a acrescentar na sua prática.
  7. E, finalmente, preocupe-se com a sua segurança e saúde, fazendo um bom seguro-viagem antes mesmo de embarcar.

Contar com uma escola ou instituição de ensino capaz de se responsabilizar pelo seu intercâmbio, assim como contratar um bom seguro-viagem, vai ser importante para você ter suporte mesmo estando no exterior se precisar, principalmente levando em consideração que todas as conversas acontecem em inglês quando se vai a um hospital ou quando há algum problema com acomodação e moradia, por exemplo.

Outra dica: opte por acomodações coletivas, hospedagem em hostel ou em casas de família (host family) se quiser conviver ainda mais com o inglês. Pense em partilhar sua moradia com alguém que fale o idioma se achar melhor, até porque isso contribui com o aprendizado rápido e definitivo.

Deixe de lado o medo de falar inglês e, seja dentro ou fora de casa, converse o máximo possível com todo mundo e fique sabendo que alguns países oferecem, para intercambistas, a possibilidade de trabalhar e estudar ao mesmo tempo: mais um ponto positivo para quem está aprendendo do zero.

Qual o melhor intercâmbio para aprender inglês e trabalhar?

O melhor tipo de intercâmbio para aprender inglês e trabalhar ao mesmo tempo será aquele que ajuda você a cumprir com dois principais critérios:

  1. Total adequação às normas e leis válidas no país de destino.
  2. Equilíbrio entre período de trabalho e frequência das aulas para que você esteja no mínimo 80% presente em todo o curso e cumpra com o seu objetivo principal e com a proposta da sua viagem.

Pesquise bastante sobre as possibilidades de países que dão direito aos intercambistas de trabalhar e estudar e entenda qual o tipo de visto necessário para isso, além de buscar saber quais são os documentos exigidos pelo país para que você consiga esse visto.

Lembre-se: visto de turista ≠ visto de estudante

Além disso, visto de estudante não necessariamente permite ao intercambista trabalhar no país de destino.

São as regras de cada nação que determinarão se o intercambista pode ou não trabalhar enquanto estuda. A maioria dos lugares, cujo visto de estudante dá essa opção, exige uma matrícula em um curso com tempo mínimo de duração que pode variar entre 3 meses e 1 ano e também um seguro-viagem previamente contratado.

Outras exigências mudam de acordo com o país e é um erro bastante comum entre os intercambistas não conhecê-las em detalhes antes de seguir em frente com suas decisões sobre viajar.

Alguns países disponibilizam ao viajante a oportunidade de trabalhar e estudar ao mesmo tempo desde que cumpram com outras determinações, a exemplo desta lista:

  • Austrália;
  • Nova Zelândia;
  • Irlanda; e
  • Malta.

Por lá, existem oportunidades até para quem fala pouco do inglês e os empregos oferecidos costumam ser em hotéis, bares, restaurantes e espaços semelhantes, geralmente com intermédio das escolas de inglês e/ou de autoridades locais.

Estados Unidos, Canadá e Inglaterra não oferecem essa possibilidade para estudantes de idiomas que não estejam matriculados em cursos superiores ou de pós-graduação e África do Sul permite somente o trabalho social.

Antes de escolher o seu destino, principalmente se quiser trabalhar enquanto estuda, você precisa saber mais detalhes sobre o assunto. 

O que você precisa saber sobre países para aprender inglês e trabalhar

Somente pessoas com mais de 18 anos podem trabalhar e estudar enquanto fazem intercâmbio nos países mencionados anteriormente. Essas pessoas precisam seguir várias determinações e as principais estão em destaque nos próximos tópicos. Confira!

Austrália

A Austrália é considerada um lugar perfeito para aprender inglês, principalmente porque permite que estudantes trabalhem 20 horas por semana no período de aulas e por tempo indeterminado quando estiverem de férias. Mas, para isso, exige:

  • que o visto correto seja pedido pelo estudante antes mesmo de chegar ao país;
  • matrícula do aluno em um curso com duração mínima de 3 meses e em uma escola que seja reconhecida pelo governo;
  • comprovação da disponibilidade, em conta bancária, de um valor pré-estipulado pelo governo.

Essa é a garantia de que o intercambista terá condições para se manter no país durante os estudos, mesmo se não trabalhar.

Nova Zelândia

Também permite trabalho durante 20 horas semanais para estudantes de idiomas, mas desde que eles estejam matriculados em um curso que dure de 3 meses a 1 ano e paguem uma taxa para conseguir o visto adequado.

O visto de turista é concedido ao intercambista no aeroporto já na chegada ao país, mas não permite trabalho. Além dele, será necessário ter em mãos um visto eletrônico obrigatório, feito antes do embarque.

Irlanda

Só permite trabalho a alunos matriculados em cursos com no mínimo 6 meses de duração. O trabalho pode ser de 20 horas semanais durante as aulas e 40 horas semanais no período de férias.

É possível pedir visto para trabalhar na Irlanda já estando no país e mesmo chegando lá como turista, com autorização para permanecer estudando e sem trabalhar por no máximo 3 meses.

São exigências para conseguir esse visto:

  • preenchimento de formulário online;
  • passaporte dentro da validade e com pelo menos 6 meses distante do vencimento;
  • carta de aceitação da escola (IRP Letter) onde fará ou está fazendo o curso;
  • comprovante de pelo menos 3 mil euros em conta;
  • comprovante de endereço na Irlanda;
  • seguro governamental obrigatório;
  • pagamento de taxa cobrada pelo governo; e
  • entrevista presencial.

Malta

Como os outros países, permite aos estudantes trabalhar durante 20 horas por semana, só que tanto no período de aulas quanto nas férias.

Para atender aos requisitos e conseguir trabalhar e estudar ao mesmo tempo, intercambistas que chegam à Malta devem permanecer como turistas durante 90 dias e passar esse tempo sem nenhum emprego; somente assistindo às aulas e só depois desse período é que poderão se candidatar ao visto adequado.

As vagas de emprego por lá são preenchidas mediante apresentação de vários documentos, a solicitação de uma licença de trabalho válida por 12 meses e a aprovação em um processo de contratação específico para países terceiros.

Observações importantes sobre trabalhar e aprender inglês

Não vá embora ainda! Temos mais algumas dicas valiosas para quem quer viajar e aprender inglês do zero. Atenção a elas.

  • Busque emprego só depois de 8-10 semanas vivendo no país de destino, assim, você já terá conhecimento das palavras e expressões mais usadas no dia a dia.
  • Seja transparente com o seu empregador em relação ao seu nível de inglês e informe que você está começando a aprender e praticar.
  • Preocupe-se em providenciar todos os documentos necessários para solicitar o visto correto e se adequar às exigências de cada país.
  • Tenha paciência: a média para conseguir o primeiro trabalho em um destino estrangeiro é de 5-6 semanas.
  • Não pare de estudar de jeito nenhum! O seu visto exige que você esteja estudando e matriculado(a) com pelo menos 80% de presença no curso. Caso contrário, você pode ser convidado(a) a se retirar do país.
  • Nem todo trabalho é bom para quem está começando a aprender inglês. Um intercâmbio Au Pair, por exemplo, pode não ser o mais recomendado. Por isso, conte com uma escola especializada no assunto e evite fazer as coisas por conta própria e sem suporte.
  • Entenda que o salário que você receberá trabalhando e estudando no exterior não permitirá grandes luxos, mas pode ajudar com o pagamento de despesas fixas do mês. Só que, antes mesmo de ter um salário, você precisará comprovar a existência de certa quantia na sua conta bancária para entrar no país e se candidatar ao visto.

Enfim, vamos falar sobre valores.

Quanto custa um intercâmbio para aprender inglês?

Um intercâmbio de duas semanas costuma custar mais ou menos R$ 8 mil e esse preço pode variar para mais ou para menos dependendo do país escolhido e da data escolhida para a viagem.

Com ou sem a possibilidade de trabalhar durante o intercâmbio, leve em consideração os seguintes gastos para a sua viagem:

  • passaporte e vistos;
  • passagem aérea;
  • curso e material;
  • acomodação;
  • seguro-viagem;
  • deslocamento e transporte;
  • alimentação; e
  • lazer.

Tenha sempre uma parte do seu dinheiro em espécie; libere o cartão de crédito para uso no exterior, mas opte por utilizá-lo somente em emergências (por conta dos impostos e taxas de conversão) e providencie um cartão de débito internacional.

Se não puder arcar com as despesas, espere mais um pouco para viajar e economize uma grana. Outra opção é ficar de olho em bolsas de estudos.

Quer tentar uma bolsa de intercâmbio para aprender inglês?

Monitore e acompanhe oportunidades abertas por fundações e instituições públicas e privadas e também pelos governos do Brasil e dos países que estão entre os seus possíveis destinos.

Pesquise programas que atendam aos seus interesses como estudante e consulte a sua escola de inglês para saber mais sobre a possibilidade de descontos e bolsas.

Achamos interessante dizer que a maioria dos programas são oferecidos a pessoas que já falam inglês e não aos que estão começando a aprender o idioma. 

Eles têm relação com intercâmbio acadêmico e vagas em universidades, cursos profissionalizantes, de graduação, pós-graduação e mestrado, mais do que com cursos da língua inglesa.

Talvez valha a pena para você fazer um intercâmbio, primeiro, sem nenhuma bolsa de estudos, voltar para casa e continuar estudando para aprender tudo o que for possível sobre conversação, escrita e leitura e só então tentar uma candidatura para uma bolsa, guardando dinheiro nesse meio-tempo.

Seja como for, não desista dos seus sonhos, tá bem?

Boa sorte e conte com a gente!

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